Brik Cafe

História do Café

Não há evidência real sobre a descoberta do café, mas há muitas lendas que relatam sua possível origem.

Uma das mais aceitas e divulgadas é a do pastor Kaldi, que viveu na Absínia, hoje Etiópia, há cerca de mil anos.

Ela conta que Kaldi, observando suas cabras, notou que elas ficavam alegres e saltitantes e que esta energia extra se evidenciava sempre que mastigavam os frutos de coloração amarelo-avermelhada dos arbustos existentes em alguns campos de pastoreio.

O pastor notou que as frutas eram fonte de alegria e motivação, e somente com a ajuda delas o rebanho conseguia caminhar por vários quilômetros por subidas infindáveis.

Kaldi comentou sobre o comportamento dos animais a um monge da região, que decidiu experimentar o poder dos frutos. O monge apanhou um pouco das frutas e levou consigo até o monastério.

Ele começou a utilizar os frutos na forma de infusão, percebendo que a bebida o ajudava a resistir ao sono enquanto orava ou em suas longas horas de leitura do breviário.

Esta descoberta se espalhou rapidamente entre os monastérios, criando uma demanda pela bebida. As evidências mostram que o café foi cultivado pela primeira vez em monastérios islâmicos no Yemen.





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Composição Química

foto ilustrativa 2 O café não é só cafeína.

A maioria das pessoas que toma café diariamente ignora quais são as substâncias que estão presentes no café e pensa que o café contém apenas ou principalmente cafeína.

Grande engano!

O café possui apenas 1 a 2,5 % de cafeína e diversas outras substâncias em maior quantidade. E estas outras substâncias podem até ser mais importantes do que a cafeína para o organismo humano.

O grão de café (café verde) possui uma grande variedade de minerais, aminoácidos, lipídeos, açúcares e vitaminas como:


  • potássio (K)
  • magnésio (Mg)
  • cálcio (Ca)
  • sódio (Na)
  • ferro (Fe)
  • manganês (Mn)
  • rubídio (Rb)
  • zinco (Zn)
  • Cobre (Cu)
  • estrôncio (Sr)
  • cromo (Cr)
  • vanádio (V)
  • bário (Ba)
  • níquel (Ni)
  • cobalto (Co)
  • chumbo (Pb)
  • molibdênio (Mo)
  • titânio (Ti)
  • cádmio (Cd)
  • alanina
  • arginina
  • asparagina
  • cisteína
  • ácido
  • glutâmico
  • glicina
  • histidina
  • isoleucina
  • lisina
  • metionina
  • fenilalanina
  • prolina
  • serina
  • treonina
  • tirosina
  • valina
  • trigli-cerídeos
  • ácidos graxos livres
  • sucrose
  • glicose
  • frutose
  • arabinose
  • galactose
  • maltose
  • polissacarídeos
  • vitamina B3
  • ácidos clorogênicos

A Arte de Preparar um Espresso

Com centenas de bilhões de xícaras consumidas todo ano, o café se tornou uma das bebidas mais populares do mundo.

Para alguns aficionados, o espresso bem preparado é "o máximo do café, porque seu preparo especial amplifica e exibe as características inerentes dos grãos", diz a revistaScientific American Brasil. Essa preparação envolve passar vapor ou água quente sob pressão pelos grãos adequadamente moídos.

"As pessoas apreciam tomar bebidas à base de café espresso em cafeterias e querem reproduzir essa qualidade em casa", disse um especialista e dono de uma torrefação aDespertai!. Hoje isso é possível com as máquinas de espresso domésticas. O resultado é que o consumo de espresso caseiro está aumentando rapidamente em alguns países.

Você é fã de café? Gostaria de dominar a difícil arte de preparar um espresso? O que é preciso para um espresso perfeito? Despertai! fez esta pergunta a dois mestres da torrefação, John e seu pai, Gerardo, que moram em Sydney, Austrália.

Mistura Certa

Na fábrica de John e Gerardo, há pilhas de sacos de grãos crus provenientes do mundo inteiro. "Eu misturo quantidades cuidadosamente definidas de grãos selecionados", diz John. "Cada tipo de grão tem sua característica marcante e contribui para o sabor da mistura. Obter o sabor desejado leva tempo. Para se ter uma idéia, foram seis meses de testes até chegar à mistura perfeita do espresso mais vendido de nossa indústria." Não é de admirar que os torrefadores guardam suas receitas a sete chaves.

Gerardo supervisiona o processo de torrefação. Essa é uma arte que exige bastante experiência, pois modifica drasticamente as características químicas dos grãos e dá origem a cerca de 500 substâncias voláteis. Os grãos giram no torrefador — um cilindro aquecido a gás — e se expandem à medida que a água e o dióxido de carbono do interior do grão tentam escapar, produzindo estalos. Essa expansão rompe as paredes das células dentro dos grãos, liberando óleos aromáticos. Esses óleos, por sua vez, definem o aroma e o sabor do espresso. O segredo está em dominar o tempo e a temperatura empregados na torrefação.

No momento certo, Gerardo coloca os grãos marrom-escuros ainda quentes num cesto de aço e os resfria com ar para evitar que passem do ponto. "O café atinge seu melhor sabor um ou dois dias depois da torrefação", diz John. Os óleos que dão sabor ficam então estáveis e prontos para ser extraídos na hora de preparar o espresso.

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A Arte da Infusão

"De todos os métodos de preparar café, o espresso é o mais eficiente e o mais difícil", explica John. O espresso perfeito exige saber equilibrar três processos-chave: a moagem dos grãos (1), a compactação do pó no porta-filtro (2) e o escoamento do café pronto (3)."Moer os grãos corretamente é essencial", diz John. "Se o pó estiver grosso, o espresso ficará ralo e aguado. Se estiver muito fino, o café terá um gosto amargo e de queimado. Nos dois casos, quando o espresso sai do bico da máquina, o creme — espuma dourada na superfície do café — indicará se os óleos foram bem extraídos."

Após moer alguns grãos, John usa uma calcadeira para comprimir bem o pó no porta-filtro, criando uma superfície lisa e lustrosa. A seguir, ele encaixa o porta-filtro na máquina e aciona a bomba. Um fluxo de líquido marrom e quente começa a jorrar do bico. Na mesma hora, John, com toda a sua experiência, percebe que o pó está muito grosso. "Conseguir o espresso perfeito é uma questão de tentativa e erro", diz ele. "Vamos tentar de novo com um pó mais fino e comprimir o café um pouco mais para forçar uma extração mais lenta."

John faz os ajustes necessários e liga a máquina outra vez. O espresso bem cremoso escorre lentamente do bico. Um aroma de dar água na boca invade o ar e John dá um sorriso de aprovação. "é muito importante interromper o escoamento quando a cor começa a clarear", diz ele. Isso leva menos de 30 segundos. "Se continuar, o café ficará amargo e com excesso de cafeína."

"Acho que acabamos de fazer o espresso perfeito", diz John ao observar o creme espesso, aveludado e consistente. "Alguém aceita um cafezinho?"

Os mais tradicionais preferem o espresso na sua forma clássica, ou seja, puro. O máximo que eles fazem é acrescentar um pouco de açúcar. Outras pessoas, porém, adicionam leite quente para criar cappuccino, latte ou outras bebidas à base de espresso. "Hoje, mais de 90% das vendas de café espresso são dessas combinações com leite", relata a revista Fresh Cup Magazine.*

Com certeza, uma conversa descontraída acompanhada de um bom café é um dos prazeres mais simples da vida. "O que mais gosto numa bebida saborosa é que ela reúne os amigos", diz John.